terça-feira, 11 de novembro de 2008

Opinião - Tsunâmi sistêmico com batida de umbu

Arthur Poerner

ESCRITOR E JORNALISTA

Até mesmo no Pelourinho, sorvendo batida de umbu depois de uma palestra a convite da UNE na Universidade Católica de Salvador, foi impossível ignorar os estrépitos e as marolas do tsunâmi no coração do capitalismo, no "areópago do mercado mundial" do poema que Drummond dedicou ao FMI. Esse Mercado que, como Deus, mereceria inicial maiúscula, padece de moléstia grave e insidiosa, conseqüência da desenfreada cobiça que estimulou nos banqueiros e especuladores, sedentos de lucros fáceis, sem trabalho, a qualquer preço.

O diagnóstico que grassava entre os turistas das mesas próximas já era dos mais sombrios: crise sistêmica, isto é, bem mais ampla e generalizada do que as periféricas que acometeram alguns países e regiões nas últimas décadas, como a da Ásia em 1997. Na medicina, equivaleria a câncer com metástase. As células afetadas que migram, há ano e meio, da lesão inicial, no sistema de crédito imobiliário e hipotecário dos Estados Unidos, estão provocando a maior crise do sistema desde a Grande Depressão, que se seguiu ao crash da Bolsa de Nova York em 1929, com a derrota do capital financeiro e o "formidável enterro" de uma quimera, que não é a única nem a última – como a do Augusto dos Anjos – do capitalismo, mas, certamente, uma das mais resistentes: Ele, o Mercado, seria auto-regulável. Falácia promovida, no início dos anos 80, conforme o megainvestidor húngaro-americano George Soros, a "dogma ideológico", pelo presidente Ronald Reagan e pela primeira-ministra britânica Margareth Thatcher.

O candidato republicano John McCain perdeu logo alguns pontos na disputa com o democrata Barack Obama, por insistir na tese da solidez dos fundamentos da economia norte-americana, um dos sagrados mandamentos dos fundamentalistas do Mercado, os adoradores do Charging Bull, o touro de bronze que simboliza a força do capitalismo no distrito financeiro nova-iorquino. O que eles estarão pensando agora, depois da estatização de bancos e do pacotão antifalências, socorro governamental, à custa dos contribuintes (socialização dos prejuízos), de US$ 850 bilhões para a compra dos papéis podres das subprimes, que os economistas estão chamando de "lixo tóxico" – para Soros, um band-aid para quem está com hemorragia? E as receitas neoliberais que nos prescreviam? Será que os "irmãos do Norte", como eram chamados pelos revolucionários da ditadura, entendem de finanças tanto quanto de direitos humanos e respeitam os princípios da economia tanto quanto o Direito Internacional e a autodeterminação dos povos?

Sei que, lá do alto dos templos de Wall Street, Ele, que tudo vê, sabe, mercantiliza e coisifica, inclusive eu e o umbu, pode não gostar, mas quero mais uma batida. Que desce ainda mais redondo quando me lembro de que, antes de ACM, a Bahia viveu sob o reinado de Juraci Magalhães, também criador, em 1965, de um dogma ideológico, sacralizado pela ditadura e responsável por uma era de vassalagem em nossa política externa: "O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil". Não era, como também não é, necessariamente mau para nós o que é ruim para eles.

Com a redução da nossa vulnerabilidade externa nos governos Lula, podemos, ao longo do maremoto, diminuir, com os três outros emergentes do Bric (Rússia, Índia e China), a distância que nos separa dos países ricos. Desde 2003, a dependência do Brasil em relação às exportações para os EUA caiu de mais de 23 para 15%; na China, é inferior a 3%. E é por isso que o vagalhão chega ao Pelô como marola, sem os redemoinhos em que se afogam os bancos norte-americanos. Aqui, o processo de submissão ao Consenso de Washington, iniciado com a atabalhoada abertura da economia no governo Collor e continuado com as privatizações e desnacionalizações de Fernando Henrique, ainda pôde ser contido.

Embora o colapso de Wall Street assinale a decadência do império norte-americano e a História já tenha demonstrado que hegemonias e sistemas não são eternos, ainda não é hora de comemorar o acerto das previsões de Marx quanto ao fim do capitalismo. Mesmo porque é impossível prever que sistema o sucederia. Para o cientista político norte-americano Imannuel Wallerstein, no momento, "a única alternativa no cardápio é o Fórum Social Mundial".

No que se refere à hegemonia, que ele define como "um fenômeno do sistema capitalista mundial", a China desponta como favorita, inclusive porque já vem promovendo a reconversão da sua economia para o mercado interno. A se confirmar o prognóstico, que o embaixador brasileiro Miguel Osório de Almeida já fazia, baseado em projeções econométricas, há algumas décadas, eu me permitirei uma profecia: a Grande Muralha desbancará a Disneylândia como supremo objetivo de consumo cultural da nossa classe média.

Nada mais havendo a festejar por enquanto, peço a saideira ao dono da Cantina da Lua, Clarindo Silva, que acumula a função de Rei Momo do Carnaval baiano. Os 70 anos do monarca não foram objeto de contestação, mas os seus 60 e poucos quilos, num físico que lembra os maratonistas etíopes e quenianos, causaram indignação entre os obesos candidatos soteropolitanos que derrotou na eleição. Será que, na essência, não é este o mal que acomete o Mercado: o excesso de gordura, sem sustentação muscular? Com a falta de lastro em bens reais, e também – e não menos importante – na ética ?

sábado, 27 de setembro de 2008

Entrevista com Poerner

Na semana passada, o escritor e jornalista Arthur Poerner [foto] deu uma palestra sobre os 40 anos de 1968 na Universidade Católica de Salvador, num evento promovido pela União Nacional dos Estudantes [UNE]. Poerner escreveu em 68 o livro O poder jovem: história da participação política dos estudantes brasileiros, que até hoje é referência na pesquisa sobre a participação política estudantil. A ditadura já havia então suspendido os seus direitos políticos por dez anos e ele foi obrigado a sair do Brasil e se exilar na Alemanha. Em entrevista para o repórter Ronney Argolo, o escritor conta o que pensa da UNE, da política e dos jovens.


A Tarde – Qual a luta do movimento estudantil hoje?


Arthur Poerner – O inimigo principal é o neoliberalismo, que, nos anos 60, ainda não existia na versão atual de irrestrita liberdade do mercado. A gente lutava contra a ditadura e pelo socialismo. Nos inspiravam revoluções populares como a cubana, a vietnamita e a chinesa; queríamos trazê-las para o Brasil. Pretendíamos não apenas derrubar a ditadura, mas, também, mudar o mundo. Éramos idealistas e ousados. O inimigo da nossa geração usava farda; o desta é virtual. Pode ser, por exemplo um banqueiro que rouba o país e, depois, conta com a presteza do Judiciário em sua defesa. Na nossa época, muito menos gente chegava a concluir o curso superior, o que garantia emprego a quase todos que obtivessem o diploma. Hoje, com o número bem maior de graduados, a concorrência no mercado de trabalho também disparou. E os estudantes têm que lutar pela melhoria da qualidade dos cursos e por uma política oficial de emprego.


AT – Para lutar contra o inimigo fardado, os estudantes dos anos 60 tinham ícones como Gandhi, Martin Luther King, Che Guevara. Em quem a juventude se inspira hoje?

AP – Um dos ícones atuais é Nelson Mandela, mas os antigos ainda se mantém. Não temos, no momento, grandes estadistas, nem de esquerda nem de direita. De Gaulle, por exemplo, era um presidente de direita, mas um estadista. É um absurdo patético que um país como os Estados Unidos esteja nas mãos de um boçal como o Bush.


AT – O que a falta de democracia nos ensinou?

AP – Que ela é o valor mais essencial em nossas vidas. Eu sempre falo dos bens de que só tomamos conhecimento quando nos faltam, como as mães. Quando elas estão por perto, para organizar nossas vidas, arrumar as coisas, nos dar atenção, às vezes nem as percebemos. Só depois que as perdemos é que sentimos como eram importantes. O mesmo ocorre com a democracia. Hoje, é normal os estudantes, como os demais setores da sociedade, protestarem, fazerem ouvir os seus anseios e reivindicações. Mas, nos tempos da ditadura, tive os meus direitos políticos suspensos, fui preso e tive que me exilar por pretender exercer o direito à liberdade de opinião e expressão.


AT – Como o senhor enxerga a luta do movimento estudantil no Brasil?

AP – Quando escrevi meu livro, tentei me opor à idéia de que estudante não devia se envolver em política. Eu era universitário, na Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro. Pesquisando sobre a participação política estudantil, achei registros muito antigos. O mais velho deles, de 1710, quando corsários franceses invadiram o Rio e os estudantes seminaristas - porque ainda não havia universidade nem faculdades no país - resistiram ao ataque e prenderam o chefe dos invasores, Jean-François Duclerc. Assim como no Rio, encontrei histórias semelhantes em outros estados. Os estudantes da Faculdade de Medicina da Bahia, por exemplo, juntavam dinheiro para alforriar escravos. A diferença é que eram manifestações dispersas, transitórias e regionais. Somente a partir de 1937, com a fundação da União Nacional dos Estudantes [UNE], foram unificadas e se tornaram permanentes e nacionais.


AT – A UNE representa para os estudantes de hoje o mesmo que representava em 60?

AP – Tem o mesmo significado. A UNE tem mais de 70 anos e já participou de muitos movimentos históricos. A diferença é que hoje ela não é hegemônica. Na época do AI- 5, em 68, os sindicatos urbanos estavam sob intervenção, o incipiente sindicalismo rural fora esmagado no nascedouro e as manifestações populares eram coibidas. Por isto, a UNE centralizava a resistência. Agora, a realidade mudou, vivemos uma fase de construção e solidificação da democracia. Existem muito mais organizações sociais, a exemplo da Central Única dos Trabalhadores [CUT] e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra [MST]. Participar de movimento estudantil deixou de ser um risco, porque o nosso governo é aberto a isso, aceita e estimula o diálogo. Não é mais preciso engrossar. Os tempos são outros e as lutas também. A UNE, por exemplo, se bate por mais verbas e vagas para a universidade pública.


AT – O Reuni, programa do governo que propõe essas mudanças, tem recebido muitas críticas. O senhor é a favor dele?

AP – Sim, sou a favor da reestruturação, como vem sendo feita. Às vezes, por serem imobilistas ou por encararem qualquer inovação com receio pessimista, as pessoas se precipitam na rejeição.


AT – E quanto aos movimentos estudantis locais, não ligados a UNE ou que discordam dela?

AP – Todos são importantes, mas a UNE engloba tudo. Participei, ano passado, do Congresso da UNE em Brasília, com a presença da juventude de vários partidos, todos opinando contra ou a favor, democraticamente, como nos anos 60.


AT – O senhor não acha os jovens de hoje muito individualistas para lutar por causas coletivas?

AP – Sim, é um fenômeno mundial. Na Alemanha, por exemplo, há muito que não existe cola nas provas escolares. Mas do que ética, a motivação é a concorrência exacerbada pelo sistema: desde cedo, os estudantes vêem os colegas como concorrentes. Mercantiliza-se tudo, inclusive as pessoas, o que fomenta o individualismo em todo o mundo ocidental. Para isto, contribui o talvez único aspecto negativo da internet, que faz muitas pessoas se isolarem ainda mais.


AT – O Brasil segue o mesmo caminho da Alemanha?

AP – O Brasil tem capitalismo, mas tem buscado um caminho próprio, não neoliberal. O presidente Lula vem promovendo melhoria na distribuição da renda, o que demonstra que a esquerda é parte do poder, com muitas das idéias que nos embalavam nos anos 60.


AT – Os estudantes de hoje são capazes de superar o individualismo?

AP – Sim, ainda temos muito o que realizar como nação e o sucesso dos esforços vai depender do trabalho grupal e comunitário . Temos que combater em muitas frentes: pelo resgate da secular dívida social, contra o desmatamento da Amazônia, contra a situação da saúde pública, contra a corrupção, a impunidade, a lentidão da Justiça, o cartorialismo, o HIV, pela democracia em todos os níveis e setores básicos do nosso povo. Acho que a juventude sempre soube e saberá se unir nos momentos decisivos da nacionalidade. Os congressos da UNE continuam concorridos. E eu, particularmente, encontro público interessado nas palestras pelo país afora. Além do mais, a mesma internet que, em certos casos, favorece o isolamento e o individualismo, é nossa poderosa aliada na luta fundamental pela democratização da informação e pela mobilização em prol das grandes causas do nosso povo. Tudo depende da consciência e, nesse sentido, a internet é como a pólvora inventada pelos chineses: pode ser destrutiva ou muito útil para a humanidade.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A carta do anistiado Poerner que O Globo deixou de publicar

ARTHUR POERNER

Os julgamentos de processos de anistia de jornalistas realizados no Rio ensejaram um noticiário crítico e pejorativo de O Globo, que, com chamada na primeira página, dois dias seguidos, classificou as indenizações de "bolsa-ditadura", como se os requerentes estivessem usufruindo algo imoral e indevido.

O tom do noticiário, repelido com veemência por Ziraldo, exposto à execração pública pelo jornal, motivou dezenas de cartas de leitores, todos indignados com a suposta benemerência concedida aos anistiados. O Globo publicou, porém, apenas as cartas afinadas com a linha do seu noticiário e não registrou as que contestavam a impressão que o jornal procurou incutir na opinião pública.

Entre as cartas renegadas estava uma do jornalista Arthur José Poerner, transcrita a seguir. Membro do Conselho Deliberativo da ABI, Poerner teve os direitos políticos cassados quando tinha 26 anos, sofreu prisões e torturas e teve de se exilar na Alemanha, onde viveu dez anos.

Disse Poerner no texto rejeitado, enviado ao jornal às 18h41min do dia 14 de abril:

Não posso deixar de me solidarizar com Ziraldo e Jaguar, valorosos companheiros da resistência cultural n'O Pasquim ao obscurantismo ditatorial, diante do linchamento moral a que vêm sendo submetidos por alguns leitores, nesta seção.

Acionado pelos mesmos princípios éticos e democráticos que me fizeram repudiar o golpe militar desde que surpreendido por ele, com menos de dois anos de profissão, no Correio da Manhã. Por expressar esta rejeição, sempre e só no que escrevi, tornei-me, aos 26 anos, o caçula dos punidos com a suspensão dos direitos políticos por 10 anos; respondi a IPM; fui processado pelo Ministro Suplicy de Lacerda; tive que fugir pela janela - com Edmundo Muniz e o exímio editorialista Franklin de Oliveira - na noite em que forças policiais-militares invadiram o jornal, enquanto o Alberto Cury lia, em cadeia nacional, o AI-5; acabei preso na Redação, em 1970, demitido, após mais de três meses de prisão no inferno do Doi-Codi da Barão de Mesquita, e, ante a impossibilidade de sobreviver aqui, exilado, por quase 10 anos, na Alemanha.

Como contabilizar perdas e ganhos (que os houve, embora não bafejados pela ditadura, na qual alguns vêem, equivocadamente, a grande musa dos cartunistas)? Incluir na conta os infartos, o romance inspirado na tortura, o conhecimento de outros povos e idiomas? Recebo, mensalmente, R$ 1.549,57 de aposentadoria de anistiado, ora rebatizada de "bolsa-ditadura" (certamente, por quem não vivenciou os anos de chumbo ou optou por vivê-los por caminhos menos perigosos do que os da resistência).

Agora, o massacre do Jaguar e do Ziraldo levanta a questão: sou um "bolsista da ditadura"? Sei que agi movido pela minha consciência, sem visar a ganhos financeiros, que não foi "investimento", mas, também, que, em todos os países regidos pelo Direito, o Estado deve reparações pelos danos que ocasiona. A esses malefícios, que podem ser erros médicos ou balas perdidas em tempos democráticos, se agregam, nas ditaduras, desde prejuízos profissionais e materiais causados pela censura e pela repressão cultural a mortes e seqüelas físicas e mentais resultantes de tortura. Calcular o custo de uma carreira interrompida (a não ser nos casos de militares, diplomatas e outros funcionários públicos) é quase tão difícil quanto avaliar o preço de uma vida.

Mais uma razão para que o nosso Estado jamais volte a ceder a tentações ditatoriais. Gera custos de reparação. Que os leitores zelosos com o erário e com a destinação dos seus impostos também pensem nisso.

Publicado no Jornal da ABI – maio de 2008

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

bibliografia resumida

Arthur José Poerner (1939), escritor e jornalista carioca. Bacharel em Direito, com pós-graduação em Comunicação. Ex-presidente da Fundação Museu da Imagem e do Som (MIS) e do Sindicato dos Escritores do Estado do Rio de Janeiro. Professor de Jornalismo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Autor de diversos livros, entre eles Argélia: o caminho da independência (Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1966); O poder jovem: história da participação política dos estudantes brasileiros (Civilização Brasileira, 1968), proibido pela ditadura após o AI-5, relançado, clandestinamente, pelo movimento estudantil, em 1977, e reeditado em 1979 (Civilização Brasileira), 1995 (Centro de Memória da Juventude, São Paulo) e 2004 (Booklink, Rio de Janeiro); o romance Nas profundas do inferno, baseado nas experiências de prisão política, lançado na Espanha (Bruguera, Barcelona, 1978) e premiado na Itália (Mazzotta, Milão, 1978), antes da publicação no Brasil (Codecri, 1979, e Booklink, 2007, ambas editoras cariocas); e Identidade cultural na era da globalização ( Revan, Rio, 1997).

É co-autor, entre outras obras, de Assim marcha a família (Civilização Brasileira, 1965), Memórias do exílio (Arcádia, Lisboa, 1976, e Livramento, São Paulo, 1978) e Nossa paixão era inventar um novo tempo (Rosa dos Tempos, Rio de Janeiro, 1999), coletânea de depoimentos sobre a resistência à ditadura militar.

No jornalismo, começou em 1962, no Jornal do Commercio; foi diretor da Folha da Semana (1965/66) e redator do Correio da Manhã (1963/70),

no Rio de Janeiro. Durante o exílio, a partir de 1970, foi redator e locutor da Voz da Alemanha, de Colônia, e correspondente do Pasquim (Rio de Janeiro) e da revista Istoé (São Paulo), na Alemanha. De volta ao Brasil, em 1984, foi editor de Cultura da TV-Globo e colaborador da revista Cadernos do Terceiro Mundo, d’O Estado de São Paulo e d’Opasquim21. É colaborador eventual do Jornal do Brasil.

Em outras áreas culturais, é letrista em parcerias com Candeia, João do Vale, Baden Powell e Biafra, com músicas gravadas, entre outros, por Cristina Buarque, Eliana Pitman e Vanja Orico; e autor da peça Feijoada, premiada, em 1981, pelo Serviço Nacional de Teatro. Foi membro do Conselho de Carnaval da Cidade do Rio de Janeiro.

É membro titular do Pen Clube do Brasil, e do Conselho Deliberativo e da Comissão de Ética dos Meios de Comunicação da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).

Condecorado, em 2000, com a Medalha de Mérito Pedro Ernesto, da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, e, em 2005, com o Título de Benemérito do Estado do Rio de Janeiro, da Assembléia Legislativa.

atualização : abril 2008